quinta-feira, novembro 30, 2017

Síndrome de Richter

Síndrome de Richter

Síndrome de Richter é uma complicação rara da LLC, em que há uma evolução para uma forma mais agressiva, em que as células B apresentam um crescimento mais rápido.
O síndrome de Richter se apresenta em 2-8% dos casos de LLC.
Os doentes com síndrome de Richter apresentam sintamatologia B: febre, emagrecimento e perda de massa muscular e adenopatias. O tumor acelera-se num ou mais gânglios, atingindo o fígado, pele , ossos e tracto gastrointestinal. Mesmo em doentes com LLC em remissão, o síndrome de Richter pode aparecer de forma repentina, tendo um prognóstico muito grave, com sobrevida da ordem dos 5-8 meses.
Na transformação de LLC, no síndrome de Richter, pode haver evolução para linfoma não-Hodgkin com alto grau de malignidade, mieloma múltiplo ou leucemia linfoblástica ( LLA ) ou prolinfocítica.
A evolução mais frequente de LLC, nas situações de síndrome de Richter, é para linfoma não Hodgkin difuso de grandes células ( ocorrendo em 65-70% das evoluções de LLC para síndrome de Richter )

O síndrome de Richter caracteriza-se pela presença de febre, emagrecimento, adenopatias assimétricas e de crescimento rápido, deterioração clínica, aumento de LDH e sobrevivência de 5-8 meses.

A evolução da LLC pode dar-se no sentido de linfoma não Hodgkin difuso de grandes células ( 65-70% das situações ), leucemia pro-linfocítica ( 15-20% dos casos ), doença de Hodgkin ( aparece em 15% dos casos ) ou mieloma múltiplo ( ocorre em menos de 1% das situações ) ou LLA ( também em menos de 1% dos doentes ).
A transformação imunoblástica é reconhecida na LLC e apresenta-se em 3-5% dos casos. Raras vezes a transformação tem localização na medula óssea e dificilmente as células transformadas são observadas na circulação periférica, sendo nestes casos células semelhando as da leucemia aguda com blastos grandes expressando imunoglobulinas de superfície da membrana ( SmIg )e alguns marcadores de LLC. O síndrome de Richter apresenta muitas vezes monoclonalidade proteica sérica ou cadeias leves na urina. A hipercalcemia, rara na LLC-B, pode ser um sinal de síndrome de Richter.
A evolução para leucemia a prolinfócitos corresponde a 15-20% dos casos de síndrome de Richter, ocorrendo a transformação em 2-5% dos doentes e 24-36 meses após o diagnóstico de LLC ter sido feito, tendo uma sobrevida de 6-12 meses. De início insidioso, cursa com esplenomegalia volumosa e adenopatia progressiva. Anemia, trombocitopenia e aumento do número dos prolinfócitos verificam-se, sendo que mais de 30% das células leucémicas são prolinfócitos de origem B ou T. Hipercalcemia não é frequente e as células B são CD5 negativas e SmIg fortemente positivas.

Cerca de 1% das LLC originam síndrome de Richter com evolução para doença de Hodgkin, o que representa cerca de 15% de todos os casos de síndrome de Richter, surgindo 44 meses após o diagnóstico de LLC ser feito, com sintomatologia B em mais de metade dos doentes, doença em estadio III-IV, com esplenomegalia e anemia hemolítica auto-imune. Tem uma sobrevida de cerca de 13 meses.

Em menos de 1% dos casos de síndrome de Richter, a transformação é feita para mieloma múltiplo com sintomatologia sistémica ( febre, emagrecimento ) e lesões extra-ósseas.
A evolução do síndrome de Richter para LLA apresenta-se em menos de 1% dos casos de síndrome de Richter, sendo esta evolução para LLA indistinguível da LLA de novo.


Patogénese

  • Citogenética: trissomia 12 é uma anormalidade citogenética comum, podendo associar-se a outras alterações cromossómicas ou aparecendo isolada. A trissomia 12 pode ser um marcador de transformação de LLC em leucemia a prolinfócitos
  • Imunossupressão: nos doentes com LLC, o sistema imune dos doentes é deficiente, apresentando os doentes um maior risco de uma segunda neoplasia surgir. Imunossupressão provocada por terapêutica pode contribuir para surgimento de síndrome de Richter
  • p53: gene cuja mutação se relaciona com o surgimento de prolinfócitos, como acontece com a trissomia 12
  • c-myc: proto-oncogéneo encontrado nos tumores com alto índice mitótico, pode relacionar-se com síndrome de Richter que apresenta transformação blastóide ( LLA ) e linfoma não Hodgkin difuso de grandes células ( LDGC )
  • EBV: este vírus, em doentes com LLC, tem-se associado à transformação para LDGC e doença de Hodgkin

O síndrome de Richter pode ser induzido por processo viral ou mutações genéticas, apresentando-se os doentes com uma sobrevida curta, mesmo tratados agressivamente com quimioterapia, sendo que a sobrevida depende da variante do síndrome de Richter.


Em conclusão podemos dizer que o síndrome de Richter é uma situação rara, muito grave, na qual a LLC se transforma em linfoma de crescimento rápido. No síndrome de Richter, os doentes apresentam sintomatologia B: febre, emagrecimento, perda de massa muscular, adenopatias, astenia.

Ño síndrome de Richter, o fígado, pele, osso e tracto gastrointestinal são atingidos.

domingo, novembro 19, 2017

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